A CONTAG e a Ouvidoria Itinerante do Ministério da Saúde firmaram uma parceria para elaborar um projeto de pesquisa que identifique o grau de satisfação dos usuários do campo quanto à atenção à saúde ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o secretário de Políticas Sociais, José Wilson Gonçalves, essa demanda é fruto de negociação do Grito da Terra Brasil (GTB) no ano passado. “É resultado de toda a discussão que fizemos pela aprovação da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta. Como a saúde é sempre mal avaliada, reivindicamos uma pesquisa para que o governo tenha também uma avaliação somente dos usuários no campo”, explica o dirigente.
O projeto prevê a realização de uma amostra nacional envolvendo, pelo menos, um estado de cada região, onde já estão definidos o Amazonas, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. Conforme informações do secretário, a escolha dos estados seguiu uma série de critérios, sendo um deles os locais que apresentavam mais vulnerabilidade no âmbito da saúde pública.
Nesse sentido, a pesquisa acontecerá no formato de uma oficina, envolvendo de 60 a 80 pessoas por estado, dentre elas assalariados (as) rurais, agricultores (as) familiares, assentados (as) da reforma agrária, ribeirinhos, extrativistas, pantaneiros, etc. Os participantes deverão responder questões sobre o acesso e satisfação à Estratégia da Saúde da Família, aos agentes de saúde, à urgência e emergência (SAMU, UPAs), aos exames em laboratórios, ao acesso aos medicamentos, à média e alta complexidade, à saúde bucal, dentre outros. Também serão feitas perguntas sobre a saúde da mulher, do homem e do trabalhador e da trabalhadora rural, por exemplo.
A previsão é que as oficinas sejam realizadas entre abril e julho deste ano. E a tabulação, análise e sistematização das respostas serão coordenadas pela CONTAG e Ministério da Saúde, que farão o lançamento de uma publicação com os resultados da pesquisa.
Para José Wilson, a pesquisa vai contribuir na definição de estratégias que visam minimizar as vulnerabilidades existentes nesse setor, inclusive, vai reafirmar e oficializar para o governo quais as estratégias necessárias para a implementação da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta, publicada em portaria do MS em 6 de dezembro de 2011.
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